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Por trás de cada hábito… uma história não contada!

  • Foto do escritor: Mariane Morais
    Mariane Morais
  • 12 de jul.
  • 2 min de leitura

Você já parou para se perguntar, de verdade: "Por que faço o que faço todos os dias?"

Por que escolhe determinadas rotinas, repete certos padrões, se envolve em alguns relacionamentos ou evita outros?

À primeira vista, parece simples: fazemos porque queremos, ou porque "tem que ser feito". Mas, quando olhamos à luz da Psicologia e da Neurociência, essa pergunta revela algo muito mais profundo.

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O piloto automático do cérebro.

Nosso cérebro é uma máquina de economia de energia. De acordo com a Neurociência, mais de 90% das nossas decisões diárias são inconscientes. Isso significa que você não pensa ativamente sobre o que faz, você repete.


Dirigir, escovar os dentes, abrir o celular assim que acorda… tudo isso é guiado por gatilhos mentais e caminhos neurais já estabelecidos. É o que chamamos de “piloto automático” e ele é útil. Mas também pode nos manter presos em padrões que não escolhemos conscientemente.

Da infância à vida adulta: o script invisível

A Psicologia explica que muitas das nossas motivações atuais vêm de esquemas formados na infância. Um elogio que recebemos por sermos “boas alunas” pode nos levar a buscar aprovação constante na vida adulta. Uma crítica por sermos “sensíveis demais” pode nos levar a esconder emoções, por medo de rejeição.

Esses “scripts” são como códigos invisíveis que orientam nossas decisões. Você pode, por exemplo, se envolver em projetos enormes, não por paixão, mas para provar que é capaz. Ou evitar conflitos, não por equilíbrio, mas por medo do abandono.


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Exemplo cotidiano: a xícara de café

Pense na pessoa que precisa de café para começar o dia. Ela diz que ama café, mas talvez, sem perceber, o que ama é o ritual de segurança que a bebida representa. Pode ser o único momento de pausa que ela se permite. Nesse caso, o café não é sobre cafeína. É sobre autocuidado camuflado.

Outro exemplo? Aquela pessoa que vive dizendo "sim" para tudo no trabalho, mesmo exausta. Por quê? Talvez porque, no fundo, aprendeu que dizer “não” significa ser egoísta.

O comportamento parece lógico, mas é emocional.


O papel da consciência: onde mora a liberdade?

A boa notícia é que consciência gera escolha. Quando entendemos por que fazemos o que fazemos, ganhamos a chance de reprogramar nossos padrões.

A Neurociência mostra que o cérebro é plástico: com intenção e repetição consciente, podemos criar novos caminhos neurais. A Psicologia, por sua vez, nos ajuda a explorar os significados, dores e crenças que moldam nossas motivações.


E agora: o que você escolhe fazer com isso?

Este artigo não tem o objetivo de trazer todas as respostas, mas provocar a pergunta certa: Você está vivendo sua vida com propósito ou apenas repetindo padrões invisíveis?

A partir de hoje, tente observar:

  • Quando digo "sim", estou escolhendo ou reagindo?

  • Quando evito algo, é proteção ou sabotagem?

  • O que me move de verdade: medo ou sentido?

Seja no trabalho, nas relações ou nos pequenos hábitos do dia a dia, há sempre uma motivação por trás.


Descobrir qual é essa motivação pode ser o primeiro passo para mudar sua vida.


Sua leitura semanal para pensar além do automático.

Mariane Morais

NeuroPsicóloga

CRP 12/19671

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